Você sabe o que é considerado acidente para o INSS? Entenda quando o benefício é devido

Você sabia que o auxílio-acidente pode ser concedido não apenas em casos de acidentes de trabalho, mas também em situações comuns do dia a dia?

Por isso, saber o que é considerado acidente para o INSS pode fazer toda a diferença na hora de buscar seus direitos.

Afinal, nem todo acidente dá direito automático à previdência, e é justamente aí que surgem as maiores dúvidas.

Neste artigo, você vai descobrir quais tipos de acidentes são reconhecidos pelo INSS, em que casos há direito ao auxílio-acidente e por que é importante agir rápido para não perder o benefício.

 

Benefício do INSS por acidente

auxílio-acidente INSS é um benefício pago ao trabalhador que sofreu um acidente de qualquer natureza, seja ele de trabalho, doméstico, de trânsito ou até fora do ambiente profissional.

Ainda, a pessoa precisa ter ficado com sequelas que reduzam sua capacidade para o trabalho habitual.

Nesse caso, o acidente pode dar o direito direito ao INSS conceder o auxílio-acidente, pois houve redução permanente da capacidade laboral.

Por ter caráter indenizatório, o benefício é pago como uma compensação e pode ser acumulado com o salário, já que não exige que a pessoa esteja afastada do trabalho.

Quais tipos de acidente podem dar direito ao auxílio-acidente?

Ao contrário do que muitos pensam, não é só o acidente de trabalho que dá direito ao benefício.

Ele considera todo evento imprevisto e involuntário que cause lesão corporal ou perturbação funcional capaz de comprometer, total ou parcialmente, a capacidade de trabalho do segurado.

Veja os tipos de acidentes que podem ser considerados:

1. Acidente de trabalho

É aquele que acontece durante o exercício da função ou no trajeto até o local de trabalho.

Como por exemplo um operário que machuca a mão em uma máquina ou um funcionário que sofre um acidente de moto a caminho da empresa.

2. Acidente de qualquer natureza

São os acidentes fora do ambiente de trabalho, como:

  • Quedas em casa ou na rua;
  • Ferimentos domésticos;
  • Lesões esportivas.

O importante é que o evento tenha deixado sequelas permanentes.

3. Doenças equiparadas a acidente

O INSS também considera algumas doenças ocupacionais (como LER, tendinites ou perda auditiva causada pelo trabalho) como acidente, quando existe relação direta com a atividade profissional.

4. Acidente de trânsito

Motociclistas, motoristas, pedestres ou passageiros envolvidos em acidentes podem solicitar o benefício, desde que o acidente resulte em limitações permanentes.

5. Agressões ou violências

Se a agressão física deixar sequelas permanentes, a pessoa pode solicitar o auxílio-acidente, desde que comprove o dano e a redução da capacidade para o trabalho.

O que é redução da capacidade de trabalho?

Esse é um ponto-chave! A redução da capacidade de trabalho não significa que a pessoa ficou totalmente inválida.

Basta que, após o acidente, ela não consiga mais exercer a mesma função como antes ou tenha limitações permanentes, mesmo que leves.

Exemplos reais:

  • Um pedreiro que perde parte dos movimentos da mão;
  • Um motorista com perda parcial da visão;
  • Uma digitadora com lesão crônica no punho.

Requisitos para ter direito ao auxílio-acidente

Tem direito a esse benefício os segurados do INSS na categoria empregado CLT, trabalhador avulso ou segurado especial (como agricultores). 

Além disso é necessário preencher alguns critérios:

  • Ter sofrido um acidente que cause sequela permanente;
  • Ter laudo médico comprovando a redução da capacidade laboral;
  • Ter qualidade de segurado — estar contribuindo para o INSS ou dentro do período de graça.

Não têm direito: contribuinte individualfacultativo e quem não está contribuindo com a Previdência

Atenção: Não perca seu direito!

Muita gente deixa de buscar o auxílio-acidente por falta de informação ou por achar que o acidente “não foi grave o suficiente”. O problema é que existe prazo para solicitar, e quanto mais tempo você espera, maior o risco de perder o benefício.

O ideal é buscar orientação o quanto antes, principalmente se o acidente ocorreu há pouco tempo e ainda há laudos médicos recentes.

O advogado especializado analisa o caso e fundamenta o pedido de forma adequada, evitando negativas injustas do INSS.

Conclusão

Saber o que é considerado acidente para o INSS é essencial para quem sofreu um imprevisto e ficou com sequelas.

Se você ou alguém próximo passou por um acidente e ficou com sequelas permanentes, ainda que pequenas, vale a pena investigar se o auxílio-acidente é uma possibilidade.

Esse benefício existe justamente para garantir mais dignidade financeira a quem teve sua capacidade de trabalho reduzida. Por isso entender os seus direitos é o primeiro passo para não ficar desamparado. E se tiver dúvidas, buscar orientação profissional especializada é essencial para não correr riscos.