Estrutura Jurídica da Manifestação

I. FUNDAMENTOS JURÍDICOS APLICÁVEIS

Direito de Convivência Familiar

Art. 227, CF/88 – Proteção integral à criança
Art. 1.589, CC – Direito de visitas como direito-dever
Art. 19, ECA – Direito à convivência familiar
Princípio do melhor interesse da criança

Exercício do Poder Familiar

Art. 1.634, CC – Deveres inerentes ao poder familiar
Art. 1.632, CC – Separação dos pais não altera relações com filhos
Responsabilidade parental compartilhada

II. TESES DE DEFESA

1. Inversão do Ônus Probatório

Requerido alega descumprimento sem provas concretas
Histórico demonstra padrão de irregularidade do próprio requerido
Ônus de provar a alegação cabe a quem a faz (art. 373, CPC)

2. Exercício Regular de Direito

Requerente estabeleceu protocolo razoável para visitas
Medidas adotadas visam proteção da menor
Não há vedação absoluta às visitas

3. Proteção ao Melhor Interesse da Criança

Qualidade das visitas mais importante que quantidade
Ambiente inadequado durante as visitas (quarto fechado, rede)
Necessidade de atividades apropriadas para desenvolvimento

4. Boa-fé Objetiva

Requerente inicialmente facilitou as visitas
Mudança de postura motivada por comportamento inadequado
Mantém canal de comunicação através da avó paterna

III. ARGUMENTOS PROCESSUAIS

Ausência de Elementos Probatórios

Petição genérica sem especificação de datas
Não há comprovação de tentativas frustradas
Alegações vagas sobre “menor não estar na cidade”

Contradição nas Alegações

Requerido alega cumprimento de obrigações alimentares
Histórico demonstra descumprimento das visitas
Incoerência entre discurso e prática

IV. PEDIDOS

Principal

Improcedência do informe de descumprimento
Reconhecimento da regularidade da conduta da requerente

Subsidiário

Estabelecimento de protocolo claro para visitas
Definição de atividades adequadas durante convivência
Manutenção do sistema atual de agendamento

Eventual

Aplicação de medidas ao requerido em caso de nova irregularidade
Acompanhamento psicossocial das visitas